ROMANTISMO

Explorar

Nacionalismo

O Despertar de uma Identidade Nacional

Romantismo:

Composto por romance indianista, urbano e regionalista. O indianista é nacionalista e histórico; o urbano foca a vida burguesa no Rio de Janeiro; e o regionalista mostra personagens do interior do Brasil. O teatro é crítico, irônico e histórico.

Marco Histórico:

A Revolução Francesa (1789-1799) fortaleceu a burguesia e inspirou os artistas românticos a valorizarem a liberdade de pensamento, comportamento e amor.

Primeira Geração Romântica (Indianista):

Enfatiza o índio como herói nacional, com forte nacionalismo e valorização da natureza brasileira. Reflete o contexto da chegada da família real (1808) e a independência (1822).

Contexto e Características

Independência do Brasil (1822): A literatura romântica surge logo após a independência, refletindo um sentimento de nacionalismo e a busca pela construção de uma identidade cultural própria.

Urbanização e Modernização: O país começava a se modernizar e a urbanização trazia novas dinâmicas sociais que influenciavam a literatura.

Influência Europeia: O contato com a literatura europeia romântica (principalmente portuguesa, francesa e inglesa) moldou a forma e os temas dos escritores brasileiros.

Valorização do Indígena: O indígena era visto como o verdadeiro brasileiro, uma figura heroica que lutava contra a colonização, simbolizando a liberdade e a pureza.

Natureza Exuberante: A descrição da natureza brasileira era feita de forma idealizada, destacando suas belezas e exotismo.

Exemplo: Exaltação da Natureza

O poema "Canção do Exílio" de Gonçalves Dias, onde ele expressa a saudade da natureza brasileira com versos como: "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá."


"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
Nas brisas que são as velas,
Ouvem-se os deuses a falar."

Exemplo: Valorização do Passado Histórico

O romance "O Guarani" de José de Alencar, que retrata a vida dos indígenas e colonizadores no Brasil colonial.


"O índio, que estava à margem do rio, viu-lhe os olhos fulgurantes, e, como que assustado com a visão, recuou dois passos."

Exemplo: Idealização do Índio

Em "Iracema" de José de Alencar, a personagem Iracema é uma índia que simboliza a pureza e a beleza natural do Brasil.


"Iracema era a flor de todas as flores; a sua alma parecia ter saído da Natureza e fundido-se com ela."

Exemplo: Sentimento Nacionalista

Os textos de Gonçalves Dias frequentemente evocavam um forte sentimento de patriotismo e amor pela pátria.


"Ah! se eu tivesse a terra
Onde, ao longe, a palmeira
Se erguia ao céu, e ao fundo
Os campos viçavam, plenos!"

Exemplo: Crítica Social

Embora menos frequente em "Senhora" de José de Alencar, que, embora seja um romance de crítica social, aborda questões como casamento por interesse e desigualdade social.


"O casamento era uma mercadoria, e as moças um patrimônio, a ser administrado com frieza e precisão."

Exemplo: Narrativa Linear e Direta

No romance "As Minas de Prata" de José de Alencar, a narrativa segue uma linha clara e direta, apresentando aventuras e conflitos de forma estruturada.


"A narrativa segue de um lado a outro, com os passos rápidos dos heróis, enfrentando perigos e se aproximando do tesouro que almejam."

Sobre

"O Guarani"

José de Alencar

Publicado em 1857, O Guarani é um dos maiores clássicos do Romantismo brasileiro e marca o início da literatura indianista de José de Alencar. O romance combina aventura, idealização do indígena e nacionalismo, criando uma identidade literária brasileira.

Leia Agora!

BIBLIOTECA

Gonçalves Dias

Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) foi um importante poeta, jornalista, advogado e etnólogo brasileiro da Primeira Geração Romântica. Nascido em Caxias, Maranhão, é famoso por seus poemas indianistas e lírico-amorosos, que valorizam a figura indígena e expressam um forte sentimento nacionalista e saudade da pátria.

Principais Obras

  • Canção do Exílio (1843)
  • I-Juca-Pirama (1851)
  • Primeiros Cantos (1847)
  • Segundos Cantos (1848)
  • Últimos Cantos (1851)

José de Alencar

José de Alencar (1829-1877) foi um dos principais escritores do romantismo brasileiro, além de advogado, político e jornalista. Nascido no Ceará, suas obras exploram temas nacionalistas, indianistas, urbanos e regionalistas.

Principais Obras

  • O Guarani (1857)
  • Iracema (1865)
  • Ubirajara (1874)
  • Senhora (1875)
  • Lucíola (1862)

Gonçalves de Magalhães

Gonçalves de Magalhães (1811-1882) foi um importante escritor, médico, professor, diplomata e político brasileiro. Ele é conhecido por ser um dos introdutores do romantismo no Brasil e por suas contribuições à literatura nacional.

Principais Obras

  • Suspiros Poéticos e Saudades (1836)
  • A Confederação dos Tamoios (1856)
  • Antônio José ou O Poeta e a Inquisição (1838)
  • Olgiato (1839)
  • Poesias (1832)

Joaquim Manuel de Macedo.

Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) foi um escritor brasileiro nascido em Itaboraí, Rio de Janeiro. Formou-se em Medicina em 1844, mas dedicou grande parte de sua vida à literatura e à educação. Além de escritor, foi professor de História e Geografia no Colégio Pedro II, influenciando muitos jovens da época.

Principais Obras

  • A Moreninha (1844)
  • O Moço Loiro (1845)
  • Os Dois Amores (1848)
  • Rosa (1849)
  • A Luneta Mágica (1869)

Manuel de Araújo Porto Alegre

Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879) foi um escritor, jornalista, pintor, caricaturista, arquiteto, político e diplomata brasileiro. Ele é considerado um dos principais nomes da Primeira Geração do Romantismo no Brasil.

Principais Obras

  • Suspiros Poéticos e Saudades (1836)
  • A Confederação dos Tamoios (1856)
  • Antônio José ou O Poeta e a Inquisição (1838)
  • Olgiato (1839)
  • Brasilianas (1863)

Canção do Exílio – Gonçalves Dias

(Exaltação da natureza e do nacionalismo)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
(Idealização da pátria e sentimento nacionalista)
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(Subjetividade e sentimentalismo – expressão da saudade)
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
(Idealização do Brasil como um paraíso perdido)
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
(Saudosismo e desejo de retorno à pátria)
Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Ultrarromantismo

O "Mal do Século"

Características Gerais no Brasil

O Ultrarromantismo no Brasil, parte da segunda geração romântica, destacou-se pelo tom melancólico e subjetivo. Era uma intensificação do Romantismo, enfatizando pessimismo e sofrimento profundo, com foco na morte, no amor idealizado e nas desilusões.

Prosa e Poesia Ultrarromânticas

As obras literárias desse período revelam um egocentrismo marcante, explorando as dores do indivíduo e utilizando a ironia para expressar angústias existenciais. A prosa e poesia buscavam fugir da realidade, idealizando mundos perfeitos ou mergulhando em temas mórbidos.

Impacto e Estilo

Além da literatura, o movimento influenciou a arte, questionando a realidade e propondo uma existência além da dor. Sua linguagem intensificada refletia angústia, paixão e tragédias pessoais.

Características da Prosa

Subjetividade

Valorização das emoções intensas e da introspecção, com foco nas experiências pessoais do autor.

Fuga da realidade

A prosa expressa o desejo de escapar da realidade, frequentemente através da morte, do sonho ou de mundos imaginários.

Atmosfera sombria

Temas de morte, sofrimento e desilusão predominam, criando um clima sombrio e introspectivo.

Egocentrismo

O narrador é muitas vezes o centro da narrativa, explorando suas próprias dores e angústias, sem preocupação com temas sociais.

Estilo exagerado

Uso de uma linguagem emocional e intensificada, refletindo desespero, frustração ou paixão.

Protagonistas idealizados

Personagens em busca de amores impossíveis ou de ideais inatingíveis, frequentemente enfrentando tragédias pessoais.

Características da poesia

Subjetivismo

Os poetas dessa fase exploravam intensamente suas emoções, sonhos e dores pessoais, colocando a subjetividade no centro de suas obras.

Pessimismo e Melancolia

A visão negativa e angustiada da vida é uma marca registrada, refletindo o "mal do século" da época, caracterizado por uma melancolia quase obsessiva.

Escapismo

Muitos poetas buscavam refúgio em temas como morte, sonhos e fantasias, utilizando-os como uma forma de escapar da realidade opressiva e das frustrações da vida.

Idealização da Mulher e do Amor

As figuras femininas e os sentimentos amorosos eram retratados de maneira idealizada, frequentemente inatingíveis e envoltos em perfeição e pureza.

Atmosfera Sombria

Temas como morte, sofrimento e desilusão predominavam, criando um clima introspectivo e sombrio que permeava os textos.

Linguagem Exagerada e Emotiva

O uso de uma linguagem carregada de emoção, exagero e intensidade ajudava a traduzir os sentimentos de desespero e paixão dos autores.

Sobre

"Se eu morresse amanhã"

Álvares de Azevedo

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que doce n'alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o doloroso afã…
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

BIBLIOTECA

Álvares de Azevedo

Álvares de Azevedo (Manuel Antônio Álvares de Azevedo) nasceu em 12 de setembro de 1831, na cidade de São Paulo. Ainda na infância, mudou-se, com a família, para o Rio de Janeiro. Mais tarde, voltou à cidade natal para estudar Direito. Entretanto, devido à tuberculose, não terminou o curso e voltou ao Rio de Janeiro, onde faleceu, em 25 de abril de 1852.

Principais Obras

  • Poesias Diversas (1853)
  • Noite na Taverna (1855)
  • Macário (1855)
  • Poema do Frade (1862)
  • O Conde Lopo (1866)

Aureliano Lessa

Aureliano Lessa (1828-1861) foi um poeta ultrarromântico brasileiro, conhecido por sua vida boêmia e poesia melancólica. Seus poemas, publicados postumamente, abordam temas como morte, desilusão e amor idealizado.

Principais Obras

  • Poesias de Aureliano Lessa (1873)
  • Poemas dispersos (divulgados ao longo do século XIX)
  • A Tarde (1873)
  • Amargura (1873)
  • Poesias Póstumas (1873)

Fagundes Varela

Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu na cidade de São João Marcos, atual município de Rio Claro (RJ), no dia 17 de agosto de 1841, onde viveu grande parte de sua infância.

Principais Obras

  • Noturnas (1861)
  • Cântico do Calvário (1863)
  • Pendão Auri-verde (1863)
  • Cantos do Ermo e da Cidade(1869)
  • Vozes da América (1864)

Casimiro de Abreu

Casimiro José Marques de Abreu, nasceu na Barra de São João, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 4 de janeiro de 1839. Em novembro de 1853 viaja para Portugal, com o intuito de completar a prática comercial e nesse período inicia sua carreira literária.

Principais Obras

  • As Primaveras (1858)
  • Cenas da Vida (1861)
  • O Livro de Sonetos (1866)
  • Poesias (1862)
  • Memórias de um Sargento de Milícias

Se eu morresse amanhã – Álvares de Azevedo

(Subjetividade e sentimentalismo – expressão da saudade)
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã...
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
(Idealização de glórias futuras e lamento pela perda)
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
(Apreciação da natureza e reflexão sobre a morte)
Que sol! Que céu azul! Que doce n’alva
Acorda a natureza! Que manhã!
Eu, porém, se morresse, acordaria...
Se eu morresse amanhã!

Condoreira

A "Geração Social"

Contexto

A terceira fase do Romantismo no Brasil, também conhecida como “Condoreirismo” ou “Fase Social”, ocorreu entre 1869 e 1880. Esta fase foi marcada por uma poesia engajada e voltada para questões sociais e políticas, principalmente a abolição da escravidão e as desigualdades sociais. Os poetas dessa fase assumiram um tom mais grandioso e oratório, inspirados pelo poeta francês Victor Hugo e pelo espírito libertário da época.

- Engajamento Social e Político: A poesia condoreira é marcada por um forte compromisso com causas sociais e políticas, especialmente a luta pela abolição da escravidão e a defesa dos oprimidos.

- Linguagem Grandiosa e Retórica: Os poemas dessa fase utilizam uma linguagem grandiosa e retórica, com o objetivo de emocionar e mobilizar o leitor para as causas defendidas.

- Exaltação da Liberdade e da Justiça: Os poetas exaltam valores como a liberdade, a justiça e a igualdade, buscando conscientizar a sociedade sobre a necessidade de mudanças.

- Uso de Metáforas e Imagens Ousadas: A poesia condoreira faz uso frequente de metáforas e imagens ousadas, muitas vezes inspiradas na natureza e no voo do condor, símbolo de liberdade e altitude.

Sobre

"Navio Negreiro"

Castro Alves

"Navio Negreiro", poema de Castro Alves, é uma das obras mais icônicas do Romantismo brasileiro, especialmente dentro da Terceira Geração, ou Geração Condoreira. Escrito como uma denúncia poderosa contra a escravidão, o poema retrata a brutalidade e desumanidade do tráfico de escravos.

No decorrer dos versos, o autor descreve o navio como um palco de sofrimento extremo, onde os corpos e almas dos escravizados são violados. Ao mesmo tempo, ele usa imagens grandiosas e impactantes, próprias do estilo condoreiro, para exaltar a busca pela liberdade e pela justiça. O poema culmina em uma condenação enfática da sociedade escravocrata, ecoando os ideais abolicionistas de Castro Alves.

Leia Agora!

Por que o condor?

O condor representa a Condoreira brasileira por seu simbolismo de liberdade, altivez e visão ampla. Na terceira fase do Romantismo no Brasil, conhecida como Condoreirismo (1869–1880), os poetas adotaram essa ave como símbolo devido ao seu voo alto e majestoso, que remete à busca por ideais elevados, justiça e liberdade.

Essa fase poética tinha forte engajamento social e político, abordando temas como a abolição da escravidão e a desigualdade social. A ave condor, com seu voo grandioso e livre, era uma metáfora para os ideais libertários e a grandiosidade da linguagem poética empregada. Castro Alves, o principal nome desse movimento, usava essa imagem em suas obras para inspirar mudanças e transformar a realidade da sociedade.

BIBLIOTECA

Joaquim nabuco

Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo nasceu no Cabo de Santo Agostinho, Recife, Pernambuco, dia 19 de agosto de 1849. Faleceu em Washington, com 60 anos, dia 17 de janeiro de 1910, vítima de uma doença congênita chamada “policitemia vera”.

Principais Obras

  • O Abolicionismo - 1883
  • Minha Formação - 1900
  • Um Estadista do Império - 1897
  • Balmaceda - 1895
  • A Intervenção Estrangeira Durante a Revolta de Manuel Beckman - 1900

Sousândrade

Joaquim Manuel de Sousa Andrade, nasceu na vila maranhense de Guimarães, no dia 09 de julho de 1833. Faleceu dia 21 de abril de 1902, com 69 anos, na capital do Maranhão, São Luís. Em seus textos ele escreveu uma poesia mais realista, possuía crítica social, valorização da liberdade e da cultura indígena, ele utilizou muitas hipérboles e sentimentalismo.

Principais Obras

  • Nostalgia da infância - 1830
  • Saudade da terra natal - 1830-1850
  • Apreço pela natureza - 1830-1850
  • Religiosidade - 1830-1850
  • Patriotismo - 1830-1850

Castro Alves

Castro Alves nasceu na Fazenda Cabaceiras, município de Muritiba, Bahia, no dia 14 de março de 1847. Antônio Frederico de Castro Alves morreu em Salvador, no dia 6 de julho de 1871, vitimado pela tuberculose, com apenas 24 anos

Principais Obras

  • O Navio Negreiro - 1869
  • Espumas Flutuantes - 1870
  • A Cachoeira de Paulo Afonso - 1876
  • Os Escravos - Publicado postumamente em 1883
  • Vozes d'África - 1868

Victoriano palhares

Victoriano Palhares, também conhecido como Vitoriano José Mariano Palhares, foi um poeta brasileiro nascido em Recife em 8 de dezembro de 1840 e falecido em 5 de fevereiro de 1890. Ele estudou na Faculdade de Direito do Recife e foi um membro ativo do movimento Escola do Recife1. Palhares é patrono da cadeira 16 da Academia Pernambucana de Letra

Principais Obras

  • Mocidade e Tristeza (1867)
  • Centelhas (1870)
  • Peregrinas (1870)
  • Cantos da Solidão (1875)
  • Versos Dispersos (1880)

Fagundes Varela

Guimarães Júnior (1845-1898) foi um poeta, romancista, teatrólogo e diplomata brasileiro. Sua obra poética mais conhecida é “Visita à Casa Paterna”. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Luís Caetano Pereira Guimarães Júnior, conhecido como Guimarães Júnior, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de fevereiro de 1845.

Principais Obras

  • Lírio Branco (1862)
  • Uma Cena Contemporânea (1862)
  • Corimbos (1866)
  • A Família Agulha (1870)
  • Noturnos (1872)

América – Tomás Ribeiro

(Descrição da natureza e exaltação das terras americanas)
À Tépida sombra das matas gigantes,
Da América ardente nos pampas do Sul,
Ao canto dos ventos nas palmas brilhantes,
À luz transparente de um céu todo azul,
(Idealização da figura da cabocla e da grandiosidade)
A filha das matas — cabocla morena —
Se inclina indolente sonhando talvez!
A fronte nos Andes reclina serena.
E o Atlântico humilde se estende a seus pés.
(Riqueza de imagens e memórias do passado)
As brisas dos cerros ainda lhe ondulam
Nas plumas vermelhas do arco de avós,
Lembrando o passado seus seios pululam,
Se a onça ligeira boliu nos cipós.
(Saudosismo e reflexão sobre a pátria)
Ó pátria, desperta... Não curves a fronte
Que enxuga-te os prantos o Sol do Equador.
Não miras na fímbria do vasto horizonte
A luz da alvorada de um dia melhor?
(Mensagem de esperança e liberdade)
Já falta bem pouco. Sacode a cadeia
Que chamam riquezas... que nódoas te são!
Não manches a folha de tua epopéia
No sangue do escravo, no imundo balcão.